A esporotricose é uma doença fúngica que acomete humanos e animais, principalmente gatos. Quando não tratada, os felinos correm o risco de complicações fatais. Os sinais clínicos mais característicos são feridas na pele e nas mucosas principalmente na mucosa do nariz.

O contato dos gatos com o fungo decorre de comportamentos típicos da espécie como se esfregar no solo, remexer a terra e afiar as garras em arvores e madeiras onde os fungos são encontrados. Muitos gatos também se infectam ao brigarem com outros gatos doentes.

A incidência da doença tem aumentado entre os humanos. Profissionais que tem contato com a terra como jardineiros, agricultores e floristas são os mais acometidos devido ao contato com a terra e plantas contendo o fungo. Além disso, a doença também pode ser transmitida aos humanos através de mordidas e arranhões de gatos doentes ou com o contato das secreções das lesões desses felinos.

Os casos em humanos têm aumentado devido à condição precária de vida da maioria da população afetada além da falta de política pública de prevenção e controle da doença.

A doença possui tratamento tanto para os humanos quanto para os animais. No entanto, animais acometidos que acabam falecendo, devem ser incinerados e não enterrados, pois podem contaminar o solo e propagarem a doença.

Qualquer ferida que apareça no gato deve ser avaliada por um veterinário. Quanto antes à doença for diagnosticada e tratada, menor o risco de transmissão para as pessoas.

Dra. Vanessa Mollica Caetano Teixeira
Médica veterinária – UFV
Especialista em clínica e cirurgia – UFV
Mestre em cirurgia – UNESP – Jaboticabal
Capacitação em cirurgia ortopédica – UFV