A criptococose é uma doença sistêmica causada pelo fungo Cryptococcus neoforman que acomete principalmente os gatos e também os cães e o homem.

O criptococos é um micro-organismo oportunista e se desenvolve com facilidade em locais com muita matéria orgânica em decomposição como as cascas de árvores e troncos ocos. Esse fungo também pode estar presente nas fezes das aves onde tem capacidade de sobreviver por até dois anos. O contato com as fezes contaminadas é o principal meio de infecção dos animais e do homem.

A doença é transmitida através da inalação dos esporos do fungo e acomete principalmente animais e pessoas com baixa imunidade. Indivíduos saudáveis são mais difíceis de desenvolverem a doença mesmo após contato com o micro-organismo. Gatos acometidos por doenças virais como a leucemia felina são mais propensos a se contaminarem com o criptococos.

A doença pode se espalhar pelo corpo através do sangue que leva o esporo inalado do aparelho respiratório até outros locais como a pele e inclusive o sistema nervoso central.

Os principais sintomas da Criptococose em gatos são problemas respiratórios crônicos e lesões pelo corpo. As lesões se concentram principalmente na região do pescoço e da cabeça incluindo o nariz. No nariz, forma uma lesão característica conhecida como “nariz de palhaço”. Os cães doentes desenvolvem sintomas neurológicos relacionados à meningoencefalites. No caso do ser humano, a criptococose pode levar a sintomas respiratórios, neurológicos e oftálmicos.

Não há relatos de transmissão direta entre cães e gatos doentes e pessoas. As lesões cutâneas que aparecem nos gatos não são infectantes.

O tratamento é feito através do uso prolongado de antifúngicos sistêmicos. Infelizmente, o tratamento não é satisfatório para os pacientes que apresentam comprometimento do sistema nervoso.

Dra. Vanessa Mollica Caetano Teixeira
Médica Veterinária – UFV
Especialista em clinica e cirurgia – UFV
Mestrado em Cirurgia – Unesp – Jaboticabal
Capacitação em cirurgia ortopédica – UFV