Segundo o conselho brasileiro de oftalmologia, há 1,4 milhão de deficientes visuais no Brasil contra cerca de 60 cães-guia, de acordo com as ONGs que os capacitam. Este imenso déficit se deve a dificuldade em treinar um cão. O processo dura cerca de 2 anos e custa mais de 20 mil reais. 

Para os deficientes visuais, que com o cão-guia ganham mais independência e qualidade de vida, resta entrar em filas, que podem durar anos, ou importar um cão, processo caro e difícil, uma vez que os estrangeiros não têm prioridade no recebimento dos animais treinados.

Em instituições filantrópicas como no Projeto Cão-Guia do Distrito Federal e a Escola De Cães-Guia Helen Keller de Santa Catarina, os deficientes não pagam pelo animal, mas esperam por tempo indeterminado. No entanto, a crise é tamanha que a Escola de Cães-Guia não está mais aceitando inscrições.

Este cenário poderia ser diferente se as instituições recebessem mais recursos, além da ajuda de voluntários.

Dra. Vanessa Mollica Caetano Teixeira
Médica Veterinária – UFV
Especialista em clinica e cirurgia – UFV
Mestrado em Cirurgia – Unesp – Jaboticabal
Capacitação em cirurgia ortopédica – UFV