Alguns cães da raça Collie possuem especial sensibilidade a certas drogas. Aproximadamente 70% deles, são portadores de uma mutação genética que causa acúmulo de algumas drogas em diversas células do corpo como no cérebro, na medula óssea e nos rins.

A boa noticia é que já é possível detectar se o cão possui essa mutação através do exame de DNA. No Brasil, esse serviço é oferecido pelo laboratório de diagnóstico molecular da Universidade Estadual Paulista, a Unesp de Botucatu. Os interessados em realizar o exame em seu cão, podem obter maiores informações através do site www.idmvet.com.br.

É importante que proprietários de cães da raça Collie e também seus médicos veterinários, fiquem cientes da lista de medicamentos proibidos para uso nessa raça em questão. Dentre algumas das substâncias contraindicadas, podemos citar a ivermectina, moxidectina, selamectina, abamectina, milbemicina, dexametasona, hidrocortisona, eritromicina, morfina, acepromazina, loperamida, digoxina, butorfanol, ondansetrona, além de alguns quimioterápicos como a vincristina, vinblastina e doxorrubicina.

As substâncias de uso proibido tendem a apresentar nos Collies reações adversas variadas como salivação intensa, incoordenação, cegueira, comprometimento respiratório, coma e morte. Por isso, se você é proprietário de um cão Collie, nunca medique seu animal sem indicação veterinária, pois tentando solucionar um problema, podemos estar ocasionando uma situação de risco para a vida do animal.

Dra. Vanessa Mollica Caetano Teixeira
Médica veterinária – UFV
Especialista em clínica e cirurgia – UFV
Mestre em cirurgia – Unesp – Jaboticabal
Capacitação em cirurgia ortopédica – UFV