A displasia do cotovelo é uma anormalidade óssea da articulação entre os ossos do cotovelo (úmero, rádio e ulna), que provoca dificuldades de funcionamento e dor no membro afetado.

A doença tem maior incidência nas raças de porte grande e gigante como o Pastor Alemão, Labrador, Golden Retrivier e Rottwieler além de ocorrer com maior frequência nos machos.

A patologia é causada devido a alterações ósseas que ocorrem durante a fase de crescimento do animal, surgindo os primeiros sintomas entre os 4 e os 8 meses de idade. Também nesta doença, a componente hereditária é elevada, estimando-se uma hereditariedade compreendida entre 25% a 45% dos casos.

Um dos sinais mais precoces que pode fazer desconfiar da existência da patologia é o cachorro mancar temporariamente de um ou mesmo dos dois membros anteriores, claudicação essa que vai tendo uma frequência cada vez mais notória; além de relutância à flexão do membro ou mesmo sinais de dor quando se faz essa flexão de forma forçada. Outro dos sinais indicadores da patologia é o desvio dos cotovelos para baixo do peito e dificuldade em se levantar após o exercício.

O diagnóstico definitivo é realizado com o auxílio do raio-x.

A correção do problema pode ser cirúrgica, mas essa intervenção deve ser realizada em animais com até nove meses de idade. Quanto mais jovem o animal for, melhor o prognóstico. Após essa idade, o tratamento recomendado é o paliativo com o uso de antiinflamatórios e repositores articulares. Porém o prognóstico é reservado, pois o quadro evolui para uma artrose na articulação a qual geralmente é muito dolorida e irreversível.

Para tentar prevenir o problema, não devemos acelerar o processo de crescimento dos cães principalmente cães de raças predispostas a apresentarem a displasia do cotovelo. Forneça ração apropriada para a fase de vida de seu filhote e nunca faça suplementação com vitamina ou cálcio se não for recomendado por um médico veterinário.

Filhotes que mancam devem ser imediatamente examinados, pois quanto mais rápido o problema for diagnosticado melhores serão as chances de cura do seu animal.

Dra. Vanessa Mollica Caetano Teixeira
Médica Veterinária – UFV
Especialista em Clínica e Cirurgia – UFV
Mestrado em Cirurgia – Unesp – Jaboticabal