Em média, as cadelas de pequeno porte manifestam o seu primeiro cio por volta dos seis meses de idade e cadelas de porte maior podem manifestar o cio somente por volta de um ano de idade.

Durante o cio a vulva incha e surge um sangramento vaginal. Nesse momento, as cadelas ainda não estão no período fértil e normalmente não aceitam a cópula. O período fértil vai ocorrer assim que esses sintomas diminuírem. O inchaço e o sangramento duram em média sete dias. No entanto, algumas cadelas podem permanecer até 40 dias com sangramento vaginal. Esse longo período de cio ocorre com maior frequência durante os primeiros cios do animal e tendem a se normalizar com o tempo. O momento de fertilidade também dura em media sete dias.

Cadelas saudáveis manifestam o cio a cada seis meses. Já cadelas que são acometidas por problemas no trato reprodutivo ou possuem outras doenças como hipotireoidismo, podem apresentar o cio com maior ou menor frequência. No entanto, essas alterações são patológicas.

Para que ocorra o acasalamento, o ideal é colocar a cadela junto com o macho no momento em que a vulva já não está mais inchada e que o sangramento já não é tão evidente. De maneira geral, entre o nono e décimo primeiro dia do ciclo. Várias cópulas devem ocorrer e por isso o casal deve permanecer junto por pelo menos três dias. No caso de inseminação artificial, a inseminação deve ser feita por três vezes, uma vez a cada dois dias.

Muitas fêmeas são extremamente territorialistas não permitindo que o macho permaneça em seu domínio mesmo ela estando no cio. Por isso, o indicado para que a cruza aconteça, é que a fêmea vá ao território do macho. Em território alheio, as fêmeas tendem a ser mais submissas.
O tempo de gestação da cadela é somente de dois meses e em média varia de 58 a 62 dias.

Ter uma cadelinha gestante e filhotinhos em casa pode ser bastante divertido, mas é importante pensar muito antes de acasalar os animais. Os filhotinhos são responsabilidade dos donos da cadela e é dever deles conseguir um bom lar para todos. Muitas vezes, principalmente em grandes ninhadas, não conseguimos doar ou vender todos os filhotes e é nosso dever não abandonar aquele filhote que ficou. Além disso, existe uma população imensa de animais com raça e sem raça que estão abandonados nas ruas ou em abrigos a espera de um dono. A reprodução de cães é um assunto que exige responsabilidade.

Dra. Vanessa Mollica Caetano Teixeira
Médica veterinária – Universidade Federal de Viçosa
Especialista em clínica e cirurgia – Universidade Federal de Viçosa
Mestre em cirurgia – UNESP – Jaboticabal