Existe sim solução para aqueles que querem muito ter um bichinho de estimação mesmo sendo alérgicos.

Primeiramente, deve-se deixar de lado a idéia de adotar um gato. O ideal é escolher um cachorro pertencente a qualquer uma das raças consideradas hipoalergênicas, ou seja, com características de pele e pelos que tendem a causar menos problemas respiratórios em adultos e crianças. Foi isso que fez a família do presidente americano Barack Obama. Por conta da alergia de Malia, uma das filhas do casal, ele e a mulher Michelle levaram para a Casa Branca Bo, da raça cão d’água português.

No Brasil, as raças consideradas hipoalergênicas mais comuns são o  poodle, o maltês, o bichon frisé e o schnauzer. Nos Estados Unidos, além do cão d’água português, há o labradoodle e o goldendoodle, formados por cruzamentos de poodle com labrador e golden retriever, respectivamente.

Ao contrário do que muitos pensam, não é a quantidade de pelos que provoca reações alérgicas em algumas pessoas. Os grandes vilões são as células de pele morta, a saliva e as secreções das glândulas sebáceas do animal, que se deslocam no ar e entram em contato com o organismo humano durante a respiração.

Não é o tamanho do pelo que causa alergia, mas sim a sua renovação. Um animal que solta menos pelos, por exemplo, retém mais células mortas. Escovar e banhar o cão regularmente também ajuda a combater a alergia, assim como passar aspirador de pó pela casa durante a faxina.

No entanto, é preciso salientar, que não existe uma solução mágica. Escolher uma raça hipoalergênica não impede que a pessoa passe mal, mas diminui consideravelmente as chances de isso acontecer.

Dra. Vanessa Mollica Caetano Teixeira
Médica veterinária Especialista em clínica e cirurgia – UFV
Mestre em cirurgia – Unesp

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